**RITA**

Rita


Chove chuva,
molhe o rosto
da moça bonita,
se misture as lágrimas
presas na fita,
da Rita de Cássia
que na falácia da fé,
a pé,
supera a sorte
até a morte,
se o seu dia não chegar,
esse dia de loucura,
sem cura,
largado no tempo,
no templo das manhãs insanas,
pronto pra matar ou morrer de amor,
nas chamas,
sem correr,
calmamente,
antes de sofrer,
pois as vezes indo,
as vezes não,
vou pelo caminho incerto,
vou fugindo até que chegue,
a lugar nenhum...,nem perto,
não nego a sorte,
mas,não é só com ela
que devemos contar,
é também ser forte,
e saber caminhar
deixando sua marcas no solo ou
no colo da verdade,
onde da vontade de,
envelhecer e bem chegar,
a algum lugar
que tenha Deus,
por todo canto que passar,
assim com ele,
todo caminho estará certo,
...perto,do seu destino,
que desde menino já foi traçado,
e armado para amar,
a moça da fita,
a moça bonita,
a Rita.


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**ME ADENTRE**

Me adentre

Você já beijou os meus lábios,
já lambeu os meus seios,
já me criou devaneios,
de prazer e loucura,
já desceu suas mãos a procura,
e achou,
então me adentre,
entre e saia
com vigor e cuidado,
pra que cresça em meu ventre,
o meu filho amado.
que sera feliz como nós,
após,agora e sempre.


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**ME DEIXE**

Me deixe

Não me traia,
me separe de ti,
se amas um outro,
se separe de mim,
ponha, um fim,
nesse resto que sobrou,
se é que um dia amou,
se é que um dia restou,
um resto de amor,
porque não me era inteira,
só o seu corpo estava comigo,
sua mente arteira,
só pensava em meu inimigo,
usou do meu corpo,
pensando no dele,
enquanto aquele,caído,
e ferido,o meu,
jazia traído no chão.
Se separe de mim,
não tenho coragem
de por esse fim,
prefiro o resto do que só,
é pra isso que me presto ao pó,
pra chorar,
e amar,
mesmo tão pouco,
tão louco,
e feliz.

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**1,2,3 DA QUESTÃO**

1,2,3 da questão

Não vim a vida a toa,
numa canoa furada no centro,
vim pra somar e não dividir.
sou um valor agregado,
já com os impostos descontados
que chegam aos cem e sem.
Sou a raiz quadrada da quarentena
da planta que sombreia molhado
o mato seco do gozo.
Sou a soma de um mais um
dividido por ele e,somado por algo
que chama-se o x da questão,
do qual nunca acho.
Sou a multiplicação do produto,
do luto que luto pro
resultado final encontrado na,
divisão de sentimentos(eu e tu),
que subtrai do amor que,
perdi nas quatro operações onde,
rompeu-se os colchetes da carne, sem
achar as chaves pra avançar
sobre ti a tese da prova
de um amor próximo do zero,,
na formula exata das humanas carências
da vida a qual me pertenço,
só.

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