domingo, 13 de dezembro de 2015

**TER QUE VIVER**

Ter que viver

Não sinto o vento,
não prevejo a morte,
toda vez que tento,
me falta a tal sorte,
é difícil acreditar,
que a vida acaba nessa,
e que com pressa cessa,
mesmo na minha alma calma,
que não foi ainda,
mas sei que finda,
a qualquer hora,
agora,no centro entre beiras,
nas águas das ribeiras,
sou pura contradição,
não acredito em Deus,
mas peço em oração.
proteção a mim e família,
mesmo sendo em vão,
hoje sei que viver é preciso,
estando no primeiro inciso,
da minha constituição.

domingo, 22 de novembro de 2015

**UM CÉU PRA NÓS**

Um céu pra nós


Não acredito que haja,
mas torço que tenha,
um céu só pra gente,
um lugar permanente,
assim como o sangue é a tinta da vida,
é o alimento da vida no ventre,
quero renascer entre os entes,
que agora tenho por hora,
quero os amigos antigos e novos,
numa vida só de ida,
mas boa que la se repita,
e longa que se acredita,
ser eterna.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

*AMOR VERDADEIRO**

Amor verdadeiro


Um sorriso incontido no rosto,
um gosto pela vida cabida,
um lindo passo,
no fácil enlaço,
com o moço que ouço,
a voz na ultima entonação,
cantando a canção mais calma do mundo,
o fundo do seu coração encantado,
aberto e certo pro amor adocicado,
no fim da dor pequena,
que acena pra felicidade,
a sua idade avançando no tempo,
mas a tempo de amar,
o amor verdadeiro.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

**ASSIM É ASSIM SERÁ**

Assim é assim será


Quando descobri que esquinas
foram feitas para serem viradas,
os passos andados,
o destino seguir,
ao lugar desejado,
já era tarde,
havia ultrapassado a linha,
vi monstros onde não tinha,
e tive apenas alguns segundos
pra chegar ao novo mundo,
o mundo dos loucos,
que por pouco não escapei,
que pena que não evitei,
agora serei assim,
e que Deus me conduza bem,
até que eu chegue ao fim.

domingo, 2 de agosto de 2015

**AS DUVIDAS NO FIM DO JOÃO**

As dúvidas no fim do João


Quantos passos já dei?
Quantos ainda darei?
pra chegar a conclusão,
terei sido o prego?
Ou terei sido a mão?
O pau ou o chão?
Enterrado ou não?
O santo ou o ladrão?
A morte ou a ressurreição?
Ao lado de gente,
da vida de cão,
a sombra no escuro,
que não passa no muro,
mas fere João,
o lado demente da depressão,
o defeito ou a solução?
o plano ou o cume,
o olor ou o estrume,
na plantação?
O homem ungido,
o único animal a ser punido,
por crimes cometidos?
assim meu corpo será servido,
numa desnecessária oração.
e sem saber o quão,
morro eu,
morro João

segunda-feira, 27 de abril de 2015

**FIM DOS TEMPOS**

Fim dos tempos


Um dia não haverá mais argila,
e o artista não mais criará,
um dia haverá tanto chumbo nas tintas,
que o pincel pesará,
e só restará ao artista,
pintar listras verticais
de cima pra baixo,
um dia não haverá mais flores,
e o artista terá que buscar nas lembranças,
se ainda houver,
a flor que pintará,
se puder,
e não pintará as ruínas,
a arvore caída,
o rio seco,
e o mar deserto,
e a própria morte.


blogdotiosao.blogspot.com

quinta-feira, 2 de abril de 2015

**EU COMIGO**

Eu comigo


Todos os dias estive comigo,
nunca me faltei,
as vezes me arrependi,
na maioria gostei,
por onde ia minhas pernas levavam,
meu coração batia,
meus pensamentos mandavam,
e as vezes confusos,
em as vezes conflitos,
as vezes no uso,
as vezes no grito,
mas sempre em mim,
trazia me felicidade,
nem com a chegada do fim,
nem com o aumento da idade,
me fiz infeliz,
a felicidade,
é me,
raiz.


quarta-feira, 11 de março de 2015

**NADA**

Nada

Dizem que sou louco,
louco eu não sou,
talvez um pouco,
mas quem nunca sonhou?
Minha cabeça são entradas,
de estradas,
interligadas e infinitas,
grandes e bonitas,
as quais,
caminho sem rumo,
no prumo que o trilho vai,
subo,desço,
apareço,sumo,
volto,durmo,
sonho e chego,
sempre chego,
a lugar nenhum.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

**SEREI VENCEDOR?**

Serei vencedor?

Serei eu um vencedor?
Mesmo com dor?
Com a falta de um amor?
Só e de peito doido,
com o corpo ferido,
e adiantando meus passos,
pensando no laço
envolto ao pescoço,
eu caindo em um poço,
e me terminando no fundo,
sem ar imaginando,só imaginando,
no fundo ,no fundo,
me preservo moribundo,
mas reajo e vivo,
me ergo ativo,
lutando,
subo de volta,
pra em minha volta tanta gente,
de corpos tão quentes,
aquecerem o abraço,
e eu,como feito de aço,
venço.